À partir de janeiro de 2012, todos os fabricantes de caminhões e ônibus no Brasil estão obrigados a equipar os veículos com sofisticados motores ajustados aos limites de emissões de gases estabelecidos pelo Proconve P7, equivalente à norma Euro V.
A primeira diferença é no diesel. Hoje no Brasil é comercializado o diesel S500 e S1800, combustíveis com alto teor de enxofre, 500 e 1800 partes por milhão (PPM) respectivamente. Para que o Euro V funcione, o diesel terá que ser S50 e futuramente S10, ou seja, apenas 50 e 10 PPM. O novo combustível deve ter um valor mais alto e uma bomba separada nos postos. Os caminhões Euro V também poderão trabalhar com biodiesel.
Segundo Gilberto Leal, gerente de Desenvolvimento de motores da Mercedes-Benz, esse novo combustível, aliado às mudanças feitas no motor, proporciona uma queima melhor, resultando em uma economia em torno de 3% a 8%. Esse aumento de eficiência faz com que caia a níveis próximos de zero o material particulado que sobra da queima, trazendo benefícios para o ar que respiramos e também para o óleo lubrificante, o qual produzirá menos sujeira, aumentando sua durabilidade, podendo ter um intervalo de troca mais longo. Só que essa queima maior gera mais calor e, por conseguinte aumenta a produção do outro componente responsável pela poluição, o Óxido de Nitrogênio (NOx).
É daí que vem a segunda grande mudança do Euro V, a necessidade do ARLA32, também chamado popularmente de URÉIA. O ARLA 32 será armazenado em um tanque separado, assim como o diesel. Após sair do motor, o NOx passará por uma espécie de câmara, onde sensores verificarão o nível de NOx e injetarão a quantidade necessária de ARLA 32 para quebrar essa substância, que ao reagir liberará no escapamento apenas nitrogênio puro e vapor de água.
É A TECNOLOGIA A SERVIÇO DA VIDA E DE UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
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